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A aventura de Joana
Estava uma tarde bonita e cheia de sol. Como de costume, Joana saltitava descalça pela areia da praia.
Todos os dias, depois da escola e com os deveres já feitos, Joana dirigia-se à praia e aí passava o tempo. Brincava e sonhava com o mar e os seus habitantes. “Como é lindo o mar!” – pensava ela.
Lá ao longe viam-se uns peixinhos a saltitar e Joana só queria ser como eles para viver no mar.
Seria boa a vida dos peixes? Seria bonito o fundo do mar? Que haveria para além das rochas, areia e velhos navios naufragados? Eram perguntas que ela fazia a si própria enquanto estava deitada na areia.
- Quando for grande vou ser mergulhadora para poder responder a estas perguntas todas - Pensava ela.
Estava nestes pensamentos quando de repente ouviu uma voz que a chamava:
- Joana! Joana!
Quem seria?
Olhou para um lado e para o outro mas não viu ninguém. A voz fez-se ouvir novamente:
- Joana! Joana!
A voz vinha do mar. Mas como poderia ser se lá não estava ninguém? Levantou-se e que viu ela...? Um peixinho dourado que saltitava na água, chamando por ela.
Dirigiu-se à água e falou ao peixe:
- És mesmo tu que chamas por mim, peixinho?
- Sim sou eu.
- Mas eu não sabia que os peixes falavam! Porque me chamaste? E como sabes o meu nome?
- Calma menina, uma pergunta de cada vez. - Diz o peixe. - Eu chamei-te porque te conheço há muito, desde o tempo em que ainda vinhas ao colo da tua mãe para a praia e sei o que desejas. Queres que te mostre o fundo do mar?
- Sim quero mas...
- Mas o quê? Não queres ir comigo, é isso?
- Eu quero mas, como vou respirar dentro da água?
- Confia em mim e salta para aqui. Vem comigo.
Joana muito admirada com tudo o que se estava a passar saltou para a água.
Enquanto seguia o seu recente amigo, continuou a fazer-lhe perguntas e mais perguntas.
- Como te chamas, peixinho?
- Chamo-me Dourado, mas vamos depressa porque tens muitas coisas para ver.
À Joana tudo parecia um sonho, ela até conseguia respirar como os peixes!
Depois de descer um bocado, Joana perguntou ao Dourado:
- Porque é que aqui é tão escuro? Mal posso ver. O mar não é todo assim pois não Dourado?
- Não, não é. Aqui é uma zona de muita poluição por isso está tão escuro assim. Mas temos que ir por aqui, é mais seguro. Do outro lado o mar é mais claro mas existem muitas redes de pescadores e podemos ficar presos nelas.
Desceram mais um bom bocado e logo Joana começou a ver melhor. Lá estava um velho navio naufragado. Seria ali que morava o seu amigo peixe?
- Olha Joana vês aquele navio? Já está aqui há muitos anos. Contam os meus avós que quando eles nasceram já aqui estava.
Entraram no navio e Joana vê dezenas de peixinhos iguais ao seu amigo carregando na boca algo igualmente dourado. Joana parou admirada.
- Que levam eles na boca?
- São rodinhas douradas, os humanos chamam-lhe moedas de ouro e sempre que as encontram levam-nas todas. Estas ainda não foram encontradas por eles e nós resolvemos fazer um castelo com elas. Está quase terminado. Vem ver como está bonito o nosso castelo.
(Continua)
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